Quem é Caio F?

Quem é? Caio Fernando de Abreu, mais conhecido como Caio F. foi um dramaturgo, jornalista e é também o meu escritor preferido. Diz ele ' você era capaz apenas de viver as superfícies, enquanto eu era capaz de ir ao mais fundo ' e realmente quem não consegue ir mais fundo não se torna capaz de compreende-lo e de ama-lo. Sua sensibilidade sem limites, sua profundeza de alma, sua delicadeza com as palavras, sua ousadia, seus recursos linguísticos fofos e amáveis tornam Caio F. um autor fascinante pra qualquer alma exaltada, intensa e fascinada.
Há pessoas que não gostam de Caio F. e eu serei ousada o suficiente pra falar a realidade. Não gostam porque não são capazes de ser tocadas por suas palavras. Pelo que pude perceber ao longo dos meses conhecendo suas escritas, me alimentando dia-a-dia com as suas frases, me sentindo cada vez mais humana ao perceber sua humanidade, é fácil identificar pessoas sensíveis e de alma profunda.
Pessoas sensíveis e profundas se apaixonam por Caio F. Qualquer uma. Sem erro. E não é a toa que então que ele emociona, ele arrepia, ele faz pensar, ele humaniza, ele sensibiliza, fragiliza e fortalece um coração de verdade. Aquele que bate sem medo, aquele que bate vivo, aquele que bate com vontade.
Ter conhecido sua escrita mudou muita coisa em mim, e sou capaz de ir mais longe, muda mais a cada frase, a cada parágrafo, a cada leitura. ' Que seja doce. '. No que depender de mim, continuo divulgando seus trechos e palavras para que mais pessoas possam ser atingidas pela sua doçura.

Po, amar alguém. Sei lá...coisa engraçada, curiosa, interessante. É quando dizer me apaixonei, faz tanto sentido. é quando todo tempo ao lado é pouco, passa rápido, voando...é quando apaixona-se pela boca, depois pelos olhos, depois pelo nariz, pela orelha, pelo cabelo. aah, o cabelo...e as mãos, o calor das mãos...vicia-se no cheiro..que de repente torna-se o melhor dos venenos. quer-se segurar nas mãos, e são lindas as mãos, quer-se entrar na alma, quer-se entrar no corpo, quer-se respirar o mesmo ar.
..e o sorriso fascina, e o sorriso é o mundo, e a boca, e o sorriso..e a boca..a boca..o mundo é a boca, o mundo é a tua boca...então me deixa com o mundo e com a tua boca, ser feliz..

Ser feliz assim, sem entender mais nada, só pra ver que o tempo...o tempo é infinitamente pequeno quando o mundo está diante de nós...porque quando você me olha, porque quando você me abraça..é justamente aí que eu volto a escrever..
Te amo e desamo infinitas vezes dentro de um mesmo dia, dentro do mesmo espaço, dentro da mesma hora. Eu desamo nas horas em que não está perto e volto a amar na exata hora em que você sorri.








Eu não sei em quem devo acreditar. Se em você, se no seu olhar.




escrito dia 10 de maio de 2010.

Existe uma humanidade por debaixo desse sorriso que faz com ele esconda uma lágrima. Que faz com que ele silencie quando você sai por aquela porta, que faz com que sejam manchados os meus sonhos com uma tinta preta que não sai de jeito nenhum.
Existe um desespero debaixo desse sorriso. Existe um medo de perder aquele impulso vital. Lembra? Existe um medo desse desconhecido, desse novo desconhecido e desse novo vazio que começou a ser cavado em mim. Existe uma palavra que dói, existem esses segundos que torturam, existe um sei o que lá de amor que de vez em quando vem me dar oi.
Existe também a estranheza, a procura por aquele olhar, a procura por aquele brilho...e existe a sutil sensação frustrada de não o achar mais. A gente sabe que faz sofrer, mas gente sabe que no fundo é tão bom. A gente também sabe que é tão lindo...que quando queremos alguém, acende bem aqui dentro uma esperança azul, abre dentro da gente um caminho florido pra felicidade. E só de imaginar a possibilidade de trilharmos esse caminho, nossos olhos enchem-se de alegria, a gente fica feliz, a gente fica VIVO. A gente sabe, no fundo, como é lindo querer alguém. Apesar do sofrimento, apesar das decepções, apesar da dor, apesar até das lágrimas, o mundo que um olhar de repente oferece pra gente é maior que qualquer mundo que possa existir, aqui ou em qualquer lugar.


escrito dia 23 de maio de 2010.