quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Preciso que meu coração estale pra que eu viva? Preciso que minha mente rebeldie pra que eu sinta? Preciso que as músicas toquem pra achar o refúgio?
Mas não quero precisar de nada, não quero querer nada, não quero desejar nada. Quero estar em paz o suficiente pra ter vontade de provocar a guerra. Quero ter voz o suficente pra cantar todas as tristezas e pra não explodir. Quero ter argumento o suficiente pra que me deixem aqui, em paz, pra que eu não precise falar.
' Que os demônios levem pro inferno aquele que bate à nossa porta bem no meio da nossa fossa, aquele que telefona bem no auge das nossas lágrimas, aquele que nos puxa para uma festa obrigatória. Malditos todos aqueles com quem não podemos compartilhar nossa dor, e nos obrigam a fingir que nada está se passando dentro da gente. '
'Há sempre o momento de pedir ajuda, de se abrir, de tentar sair do buraco. Mas, antes, é imprescindível passar por uma certa reclusão. Fechar-se em si, reconhecer a dor e aprender com ela. Enfrentá-la sem atuações. Deixar ela escapar pelo nariz, pelos olhos, deixar ela vazar pelo corpo todo, sem pudores. Assim como protegemos nossa felicidade, temos também que proteger nossa infelicidade. Não há nada mais desgastante do que uma alegria forçada. Se você está infeliz, recolha-se, não suba ao palco. Disfarçar a dor é dor ainda maior. '

E esse é o motivo do meu " retiro espiritual ". Pode ser engraçado falando mas preciso ficar um pouquinho quietinha no meu canto pra tentar engolir isso, ainda ando me engasgando com o que nem volta, nem vai pro estômago.

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